segunda-feira, 27 de outubro de 2008

SOS Cagarro – exemplos práticos...

Nesta altura do ano, não é só a actividade nocturna dos cagarros que pode ser perigosa para esta espécie. Para além do efeito que as luzes civilizacionais podem ter sobre os juvenis saídos dos ninhos, outros obstáculos podem surgir.
As marés vivas que se fazem sentir, aliadas aos ventos frescos, podem fazer com que uma ave excepcionalmente dotada para a vida marinha, possa encontrar no mar, um dos seus obstáculos na sua tentativa de migração com os seus pais.

SOS Cagarro

Assim, para além dos cuidados a ter com estas aves no período da campanha SOS Cagarro nas estradas iluminadas junto à costa, devemos ter alguma atenção ao litoral durante o dia para poder assinalar a presença destas aves, juvenis exaustos, e extremamente vulneráveis a “predadores”.

Aplicam-se neste caso os mesmos cuidados a ter na recolha de aves, ou na sua impossibilidade, avisar as autoridades competentes na área para o fazerem.

SOS Cagarro

A ânsia de ajudar pode ilustrar exemplos do que não se deve fazer

SOS Cagarro

• Não se aproxime da ave quando não sabe exactamente como proceder;
• Não segure a ave por uma asa ou por ambas as asas, nem permita que ela abra as asas enquanto a manipula, pois esta ficará cada vez mais agitada;
• Não dê água, alimentos ou medicamentos;
• Não atire a ave ao mar, pois ela não voará imediatamente quando for lançada, podendo ficar incapacitada de voar;
• Nunca force a ave a ir para o mar, ela seguirá a sua viagem quando se sentir em condições.

As imagens que hoje são apresentadas foram recolhidas junto à praia do Monte Verde na Ribeira Grande e exemplificam boas práticas na recolha destas aves.


SOS Cagarro

SOS Cagarro

SOS Cagarro

SOS Cagarro

• Aproxime-se lentamente do cagarro, usando luvas;
• Com calma e segurança cubra o corpo do cagarro com um casaco, uma manta ou uma toalha;
• Sem o magoar, segure o cagarro pelo pescoço e pela cauda, de forma a envolver todo o seu corpo;
• Coloque-o numa caixa de cartão, com cuidado;
• Mantenha-o na caixa durante a noite, em local tranquilo e escuro;
• Liberte o cagarro na manhã seguinte, junto ao mar, pousando-o com cuidado no chão. Não se preocupe se a ave levar algum tempo a reagir e a voar para o mar, pois ela continuará a sua viagem quando se sentir preparada.

Neste caso foi notificado o serviço do SEPNA – Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da GNR, que rapidamente compareceram no local.
Foram resgatados 4 cagarros vivos, um deles ferido, e um já morto.

SOS Cagarro


No caso de querer participar alguma situação similar, ou mesmo a localização de aves mortas pode ligar para este serviço através da rede fixa para o nº 296306350 ou móvel nº 961196202 (serviço em Ponta Delgada).

Participe, envolva-se!
Este ano salve um cagarro!

1 comentário:

DjSousa disse...

Ora aqui está um excelente post, sim senhor, os meus parabéns!