Este domingo fui, mais uns amigos, visitar algumas cascatas da ilha, nomeadamente a do Sanguinho. Após termos chegado à ribeira e depois de decidir que percurso efectuar, lá fomos os quatro acima pelo trilho que começa junto à ribeira.
O dia até que não estava mau para o efeito e o destino da nossa missão, estava fresco mas nublado e nada indicava um final imprevisível.
Após uma caminhada em que os mais afortunados iam à frente e os menos, os com menos pernas, iam um pouquinho mais à retaguarda, desejando chegar o mais rápido possível à cascata para um merecido descanso, ouviu-se um barulho ensurdecedor que parecia trovoada, mas não era uma trovoada qualquer, o som desta vinha de baixo, de dentro da terra.
Os mais fracalhotes, os que tinham ficado para trás após umas passadas mais largas e ao alcançar os da frente que já estavam a ver a cascata, bem, a ver como quem diz, olharam para trás e foi então que vimos a continuação da dita derrocada.
Ficaram os quatro a olhar uns para os outros, arregalados com as pernas a tremer sem saber se era do esforço ou dos nervos.
- Vamos ficar ou vamos fugir? Quebrei o silêncio.
- Vamos mas é fugir daqui pra fora!!! Gritaram todos.
Não me perguntem onde fomos arranjar forças para voltar, mas foi sempre a dar.
A foto é do Emanuel Câmara, que foi o primeiro a chegar, os outros amigos são o Luís Câmara e oVictor Câmara. Sim, são irmãos.
1 comentário:
Ainda bem que não vos aconteceu nada!
Aquilo parece-me que precisa mas é de uma boa parede de betão anti-sismica, nunca mais haveria derrocadas.
Um Abraço
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